Quem é Montgomery Pastorelo Benites?

Muitos de nós, inclusive eu, não conhecia muito bem o atual Presidente do CorenPR. Resolvi dar uma de jornalista e conversar com ele para ver as intenções e um pouco da história dessa personalidade, a quem todos chamam de Mero.

Muito do que conversamos está sendo importante para eu entender o que está acontecendo dentro do Coren. A questão dos cursos chamou a minha atenção então resolvi procurá-lo e fui bem atendido, com direito a café e bolachinhas.

Por trás desse nome complicado, o Mero é um cara simpático e atencioso. Nasceu em Foz do Iguaçu onde a mãe mora até hoje. Pertence ao movimento escoteiro desde jovem e nunca o largou - ele é chefe escoteiro de um grupo aqui em Curitiba. Ele me explicou que esse movimento foi um dos principais responsáveis pela sua formação como indivíduo - no escotismo acredita-se que a honra, o caráter e o bem ao próximo são ações tão importantes quanto a sua própria vida.

Achei um discurso bonito. Estou meio que enchendo a bola dele, mas sei lá, foi um papo agradável.

Quando ele era jovem, trabalhou em um cartório e logo foi para o exército, mas as duas faculdades que ele iria passar a cursar o tiraram de lá - Filosofia na UFPR e Enfermagem na PUCPR. A medida que o curso de enfermagem ia atraindo mais o interesse dele e pelo período integral, a filosofia ficou um pouco de lado.

Me assustei quando ele disse que já conheceu mais de 20 países fora da América Latina, graças a seu trabalho com adoção internacional que seu amigo, morador da Noruega, havia encabeçado em seu país. O Mero, quando saiu da faculdade, foi direto trabalhar no Hospital Erasto Gaetner e após sua especialização (não lembro do que) na UFPR passou a trabalhar na UTI do Hospital Angelina Caron, onde trabalha até hoje como Diretor de Enfermagem.

Eu perguntei para ele, entre um gole e outro de café, se gostava de ser enfermeiro. Ele disse que não existe profissão melhor para sua vida, uma vez que ela trabalha com a manutenção da vida, com o cuidado ao próximo - traços provavelmente da educação que o Presidente teve.

Questionei se ele gostava de ser Presidente do Coren, uma vez que as pessoas criticam e não entendem o porquê da existência de um órgão tão burocrático nas nossas vidas, e ele afirmou que é uma realização pessoal muito importante.

Ele disse que não é melhor do que nenhum profissional que mora em uma pequena cidade do interior e atende vários pacientes ganhando razoavelmente pouco, para ele todos somos iguais e lutamos pelas mesmas coisas. Como Presidente do Coren, a diferença é que ele pode lutar para garantir melhorias a todos os profissionais no que tange ao mérito da instituição. Muitas das propostas são difíceis de serem executadas, mas toda a equipe do Coren está lutando para garantir à classe da enfermagem paranaense caminhos que garantam a valorização de todos nós.
Para quem não sabe, o cargo de Presidente do Coren não tem salário nem nada, é o tal do cargo honorífico.

O Mero sabia que eu iria publicar nossa conversa e ele disse que meu blog é muito acessado e já houve pessoas que questionaram o porquê de eles deixarem um blog que pode ir contra os gostos dele. A resposta foi bacana.

Ele disse a esses questionadores que o Coren é feito para todos e todos têm opiniões diversas. Disse ainda que, se queremos tirar a imagem ruim que o Coren possui primeiro é necessário ouvir o que os nossos inscritos têm a dizer, para então melhorar. Esta admnistração, segundo o Mero, é aberta a todos e agradeceu a mim por estar publicando o blog de forma voluntária e sem ganhar nada.

Pessoal, meus amigos, obrigado por me darem motivos para escrever. Escrevam comentários para que esse espaço cresça. Coloquem reclamações, eu vou atrás e publico! Esse lugar não é para mim, não é para o Mero, não é para o Coren (muito menos para o Coren), este lugar é para vocês.


Valeu!
Enfermeiro Waldemar.